domingo, 9 de abril de 2017


Muitos no Brasil ainda mal tem cobertura 4G disponível na cidade ou ainda luta para achar um sinal decente, estável e duradouro de 3G. Porém o andamento das tecnologias de redes de celular já aponta para o próximo destino: a quinta geração de conectividade móvel, popularmente conhecida como 5G.
Embora as previsões ainda estejam um pouco nebulosas em termos de data, em matéria de tecnologia já temos algumas informações a respeito do que deve ser uma das grandes novidades dos dispositivos móveis para daqui a alguns anos. Os Estados Unidos, que devem ser um dos pioneiros no desenvolvimento da estrutura, já estão preparando o terreno para a evolução. Do outro lado do mundo, Japão e Coreia do Sul também já mostraram estrutura e testes.
Velocidade, diversificação e capacidade são só algumas das palavras-chave dessa novidade. Mas quais são as promessas, e, em que elas podem melhorar a sua vida ou a forma com que você usa o seu smartphone? Essas são algumas das perguntas que já podem ser respondidas.
Afinal, o que vai mudar?
Na transição do 3G para o 4G, o foco estava em melhorar a taxa de transferência de dados e diminuir a latência. Desta vez, é claro que esses ganhos também estão no meio, mas o foco principal tem sido em transformar o 5G em um ecossistema completamente novo. Para cumprir os requisitos determinados, pode ser necessário aprimorar ou mudar a interface atual. Porém, tecnologias LTE-A e até WiFi podem ser aproveitadas para a garantia de bom funcionamento da nova conectividade.
O aumento de velocidade do 4G para o 5G promete ser bastante significativo. De acordo com a FCC, o órgão norte-americano que funciona mais ou menos de acordo com a Anatel aqui no Brasil, a próxima geração de internet sem fio deve ser tão boa quanto a tecnologia atual de fibra.
Atualmente, a velocidade de transferência do 4G LTE chega a 1 gigabit por segundo (Gbps), sendo que o consumidor normalmente não chega a ter nada perto disso. No 5G, não está claro ainda qual será a velocidade par ao consumidor, mas não seria surpresa algo acima de 10 Gbps. O padrão ideal a ser alcançado pelo 5G é o de 20 Gbps, o suficiente para baixar um filme em alta definição em 10 segundos. É claro que essa velocidade toda é mais um "teto" para a indústria se basear e desenvolver soluções. Além disso, obstáculos (como prédios ou paredes) e outros sinais e ondas interferem bastante nesse valor. Não se empolgue, pois obstáculos como prédios ou paredes e outros sinais e ondas interferem na velocidade.
O que podemos esperar? Em testes, a operadora japonesa DoCoMo conseguiu atingir 2 Gbps dentro de um prédio em Tóquio, e 2,5 Gbps dentro de um carro. Já o consórcio Next Generation Mobile Networks Alliance, que define padrões da indústria para a aplicação de redes, estabeleceu que o 5G deve oferecer 1 Gbps simultâneo "para diversos funcionários ao mesmo tempo em um andar de um prédio comercial", ou seja, uso individual será com certeza mais rápido.
A Samsung já atingiu 7,5 Gbps em testes, enquanto a Nokia marcou 10 Gbps. Um teste de 1 Tbps (terabits por segundo) chegou a ser registrado, mas sob condições extremamente específicas. Para efeitos de comparação, a rede atual de LTE-A chega a 300 Mbit/s.
Mas afinal, o que é Latência?
Em computação, a latência é o tempo que um pacote de dados ou comando leva para ir de um ponto a outro. Quando você dá a ordem para entrar em um site no seu smartphone, há uma "espera", por mais rápida que seja, para que a ordem se transforme na ação propriamente dita, o navegador entenda o seu objetivo e a página carregue por completo.
No 4G, a média de tempo de latência está em 10 milissegundos (ms). Isso é muito baixo para os nossos padrões em horas ou minutos, mas está bastante defasado em termos de eletrônicos que precisam ser imediatos. Para o 5G, a idéia é ter latência extremamente baixa, na faixa de 1 ms.

Para explicar direito como isso afeta o consumidor, vamos usar o exemplo da Huawei com testes em carros autônomos. Nas redes 4G, a latência era tão alta que um veículo de 100 km/h demoraria 1,4 metros para parar o carro efetivamente ao detectar um obstáculo e enviar um comando de freio. No 5G, o automóvel se mexe por somente 2,8 cm, ou seja, uma distância comparada ao de um sistema de freios ABS.(tecmundo.com.br)

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