Flávia Chaves Valentim
Rodrigues 1, Marilsa de Sá R. Tadeucci2
1 Pós-graduanda em MGDR em
Gestão e Desenvolvimento Regional - Programa de Pós-graduação em Administração
- PPGA - Universidade de Taubaté – Rua Visconde do Rio Branco, 210 Centro -
12020-040 – Taubaté/SP – Brasil – flaviacvalentim@hotmail.com
2 Professora do Programa de Pós-graduação em
Administração - PPGA - Universidade de Taubaté – Rua Visconde do Rio Branco,
210 Centro - 12020-040 – Taubaté/SP – marilsatadeucci@hotmail.com
- Introdução
As organizações necessitam de uma estrutura organizacional para que
funcionem de forma a alcançar os objetivos propostos. A arquitetura organizacional
reflete as necessidades de contatos, subordinações e especificidades de tarefas
entre a equipe.
O objetivo geral do trabalho é identificar a importância da arquitetura
organizacional para o desenvolvimento empresarial das agências de publicidade e
propaganda definindo qual o melhor modelo de organização.
Segundo Nadler (1994) arquitetura organizacional reúne trabalho, pessoas,
tecnologia e informações de modo a otimizar a congruência, ou adequação entre
elas a fim de produzir alto desempenho, em termos de resposta eficiente as
exigências do mercado e demandas ambientais.
“A Lei Federal número 4680 de 18/06/1965 regulamentada pelo Decreto de
número 57.690 de primeiro de fevereiro de 1966 diz que: “A Agência de
Propaganda é pessoa jurídica especializada na arte e técnica publicitária que,
através de especialistas, estuda, concebe, executa e distribui propaganda aos
veículos de divulgação, por ordem e conta de clientes-anunciantes, com o
objetivo de promover a venda de produtos e serviços, difundir idéias ou
informar o público a respeito de organizações ou instituições colocadas a
serviço deste mesmo público”. (Sant´anna, 1929).
Referencial Teórico
Segundo Nadler (1994), as organizações apresentam o maior poder econômico
da sociedade através da qual as pessoas se realizam e satisfazem suas
necessidades. Diante deste cenário é desenvolvido o conceito de arquitetura
organizacional baseada em arquitetura física, onde leva a refletir sobre o
processo de construção das organizações e não apenas projetá-las. A organização
deve ser criada através de um complexo processo de interação humana que envolve
centenas e com freqüência, milhares de pessoas.
Em uma agência de marketing, algumas unidades lideram, enquanto outras
desempenham papel de apoio.
Segundo Sant´anna (1929, pg 241), a data da primeira agência fundada no
Brasil foi de 1914, a
Eclética Publicidade, que surgiu como um desdobramento dos serviços do corretor
de anúncios. Em princípio eram apenas organizações angariadoras de anúncios,
algumas das quais compravam espaços por atacados em jornais, para revendê-los
aos anunciantes em pequenas porções, porém foi detectado a necessidade de que
era preciso dar ao anunciante uma colaboração mais eficiente, ou seja, fazer
com que os anúncios fossem mais eficazes, para que eles, animados com os
resultados, aumentassem a verba e, por outro lado, isso servisse de exemplo aos
que não anunciavam. E segundo o autor assim foi que essas agências primitivas,
aproveitando uma experiência então nascente, foram se encarregando de redigir e
ilustrar os anúncios, contribuindo dessa forma para o desenvolvimento da
técnica publicitária.
Pode-se dizer que são processos aprendidos com o dia a dia das agências
de publicidade e propaganda, no sentido da compreensão da melhoria dos serviços
oferecidos aos clientes. Voltando para a administração, Nadler, 1994 estabelece
que na organização em rede, os padrões de interação (fluxo de informações) são
dinâmicos e estabelecidos antes pela necessidade do que por um plano
estabelecido, exatamente o que acabamos de comentar, onde é a necessidade o
pivô do desenvolvimento da informação a fim de projetar melhorias aos clientes.
Certos padrões de interação mudam muito lentamente e, portanto, são quase
permanentes, semelhantes as organização mais tradicionais. Outros são
estabelecidos rapidamente, permanecem pela duração de um ciclo do projeto de um
novo produto ou serviço, ou até mesmo um projeto especial, e são em seguida
dissolvidos.
Em uma agência de marketing pode-se dizer que o fluxo das informações são
processadas em rede, as informações são muito dinâmicas e estabelecidas pela
necessidade de um novo cliente, um novo projeto, ou até mesmo para a manutenção
das contas de todos os clientes da agência. O trabalho não pode parar e conseqüentemente
a informação não deve parar para que o trabalho flua. “Uma agência é, antes de tudo,
os clientes que ela conquista e conserva, é a soma dos talentos a seu serviço
na criação, arte, mídia, planejamento, pesquisa e administração, assim, o
negócio publicitário repousa sobre a qualidade dos serviços prestados; nele há
um constante – talento, para criar, administrar e vender uma idéia” (Sant´anna,
1929), o qual nos dá sustentação através desta informação de que sem o tráfego
de informações não há talento.
Através da interpretação da citação abaixo se conclui que as agências de
propaganda e marketing funcionam como uma organização em rede, onde as funções
são flexíveis de acordo com a necessidade da demanda.
“Uma organização em rede corresponde
à interligação de uma organização, (conjunto de indivíduos que interagem de
forma a alcançar determinadas tarefas tendo um propósito, uma missão em comum)
com outras organizações, no sentido de estabelecer parcerias e estreitar
sinergias no sentido de alcançar os propósitos a que se propõem. Redes não são
organismos com uma estrutura organizacional definida e uniforme, normalmente é
flexível fluida plural e descentralizada. Em rede as partes se unem para
perseguir os objetivos específicos acordando os princípios acordados. As redes permitem
a convivência e o trabalho comum de grupos, indivíduos e organizações bem
diferentes, que não necessitam de alterar as suas posições particulares para
atuarem em conjunto. Atualmente uma organização não consegue sobreviver
isolada. Cada vez mais é essencial a partilha de informação, de competências,
de conhecimento, conseguindo,
dessa forma, maximizar as mais-valias de cada uma das organizações podendo
apresentar-se um benefício superior”. (INOVAÇÃO MARKETING, 2006)
Na administração, ainda conforme Nadler, sempre que necessário, o contato
direto é iniciado entre pessoas e grupos que precisam trabalhar juntos. A
hierarquia não é usada como o principal meio de comunicação, coordenação ou
iniciação da ação. A organização em rede tem seu sucesso dependente muito do
pessoal e do conjunto de relações interpessoais criadas com o tempo, então surge
a organização plataforma destinada a reconfigurar rapidamente. Seus recursos de
maneira fundamentais são baseados nas mudanças necessárias de missão e
estratégia básica, a força da organização plataforma portanto é a mudança
fundamental (Beckhard e Pritchard,
1992).
De fato a organização plataforma pode funcionar num nível de desempenho
inferior a uma organização mais especializada, que tenha otimizado sua
combinação de recursos e processos para programar uma estratégia especifica. Podemos
dizer que é uma arquitetura de metanível.
De acordo com Nadler e Tuchman, 1994 a função primordial da alta gerência é
projetar, construir e operar organizações que funcionem eficientemente. Porem
conseguir esta eficiência é difícil, compreender o comportamento humano é um
desafio, e compreender o comportamento de um grupo é ainda mais complexo. Pensa-se
como deve ser perturbador a complexidade de uma grande organização. De acordo
com os autores influenciar o comportamento organizacional é parte central de
liderança. Os lideres podem escolher as pessoas que ocuparão lugares, posições
chaves e podem influenciar outras. Os autores denominaram arquitetura
organizacional à ampla série de decisões que os administradores tomam sobre as
organizações.
Esta expressão é usada devido ao projeto organizacional e a forma como
ele é visto como uma série de decisões, relativas à estrutura básica da organização
(Nadler e Tushman, 1988). Dentro de uma agência de marketing se lida com
diversas pessoas que possuem diversas competências profissionais, cada qual se
projeta para construir sua parte do trabalho no resultado final do projeto da
empresa cliente. Lidar com pessoas, que deveriam ter uma cabeça aberta devido
ao fato de trabalharem em uma agência de marketing, é um fator interessante se
pensarmos ser necessário lidar com tendência, velocidade, tecnologia, inovação,
criatividade, empreendedorismo, ou seja, dominar uma equipe dessas é um grande
desafio, é ai que se pode aplicar o método do Stad que veremos mais na frente através da definição de um autor. É
válido ressaltar que em uma agência de publicidade e propaganda a equipe
precisa trabalhar em prol da geração de demanda para seus clientes, com isto
deve-se compreender que sua estrutura organizacional tem que ser flexível e ter
uma comunicação interna que possibilite a integração das partes envolvidas ao
acesso das informações necessárias para o desenvolvimento do projeto em pauta.
“Uma
das esferas da comunicação organizacional é a comunicação interna, que faz uso
de ferramentas e mídias para viabilizar os fluxos comunicacionais, uma vez que
os funcionários passam a ser compreendidos como parte integrante das
instituições”. (SOARES, W, 2010).
De acordo com Limpert, 1994 as organizações são mecanismos criados para
realizar o trabalho, para executar estratégias, criar valores, e, com isso
beneficiar clientes acionistas e a sociedade em geral. São estruturas
criadas para satisfazer as necessidades, desejos e aspirações de vários
investidores. A maioria dos administradores pensam na organização como
estruturas que se forem representadas pelo organograma clássico, se tornam uma
visão muito limitada e exclui o comportamento de liderança, o impacto do
ambiente, as relações informais e a distribuição de poder.
Devemos também dizer que hoje as organizações estão sendo vistas como
sistema social, vários teóricos argumentaram que as organizações podem ser
melhor compreendidas se forem consideradas como sistemas sociais abertos e
dinâmicos (Katz e Kahn, 1966; Von Bertalanffy, 1968; Buckeiy, 1967 March e
Simon, 1959).
Geirstein (1994) defende as organizações como um sistema, considerando
ser uma série de elementos inter-relacionados onde a mudança num elemento afeta
outros elementos. Um sistema aberto que interage com seu ambiente é mais do que
uma série de elementos inter-relacionados , eles constituem um mecanismo que
recebem insumo do ambiente, transformando este insumo em produto, podemos voltar
este pensamento em nossa organização como uma série de unidades com
atribuidades distintas, um grupo de funções especializadas, já em um segundo
pensamento projeta-se por unidade, atividades individuais, divisões de unidades
de produção, grupos de trabalho e funções individuais.
“A sociedade contemporânea, por compreender
as organizações como sistemas abertos, impõe a necessidade de transparência às
relações empresariais, fomentada tanto por aspectos normativos (certificações e
legislação) quanto pela pressão da opinião pública”. (SOARES, W, 2010).
Através dos pensamentos do autor, pode-se concluir que os últimos 25 anos
do século XX testemunharam a reestruturação de grande parte das empresas em anunciar:
fusões, aquisições, comprar, alavancar, joint ventures, transferências compulsórias de títulos e
liquidações gerando desafios estratégicos e organizacionais aos administradores.
Ainda citando os autores Nadler e Gerstein, começa-se a falar sobre o
STAD - Projeto de sistema de trabalho de alto desempenho que tem como princípio
organizar pessoal, trabalho, tecnologia e informação.
No início do século XX o americano F W Taylor desenvolveu um modelo cientifico de organização, visando as
máquinas da Revolução Industrial. Ele acreditava na análise audaciosa e abrangente do sistema de trabalho
e na eliminação de qualquer causa possível de variação na essência dessa
abordagem da organização, demanda de administração cientifica estavam alguns
princípios relativos aos projetos, inclusive a especialização do trabalho em
tarefas, as mais limitadas possíveis, especificação cuidadosa das tarefas em detalhes, repetição da atividade com pouca
ou nenhuma iniciativa e trabalho cerebral do pessoal operacional.
Na mesma época tivemos o sociólogo alemão Max Weber que observava muito o
líder alemão Bismarck que formulou um modelo de administração chamado de
burocracia, teoria coerente e bem elaborada de organização, contendo os
seguintes elementos importantes:
As organizações devem ser construídas em torno de um sistema claro de
relações hierárquicas; devem ser coordenadas por um conjunto claro e coerente
de regras e procedimentos escritos cobrindo todos os cargos tanto operacionais
como administrativos; os ocupantes de cargos devem ser qualificados para
desempenhar suas tarefas, portanto a competência técnica deve ser a base para o
preenchimento dos cargos e para promoção.
Segundo o sistema preconizado por Fayol apud Armando Sant´anna, 1929, pg.
259, cada empregado é colocado sob a
custódia de seu chefe direto, único juiz da sua competência, único
qualificado para lhe dar ordens. Bem entendido, diversas funções podem ser
assumidas por um mesmo indivíduo, e, inversamente, cada serviço se subdivide em
tantos departamentos quantos os necessários.
NÍVEIS
HIERÁRQUICOS:
A organização visa capacitar todos a produzir mais, quantitativa e
qualitativamente, dentro de uma certa unidade de tempo, com a adoção de métodos
mais racionais, sem aumento de tempo de trabalho ou esforço. (SANT´ANNA, 1929).
Quadro social das
agências:
a)
Níveis gerenciais
b)
Níveis técnico-operacionais
c)
Canais de comunicação
Funções do Atendimento: o chefe do grupo de uma agência desempenha uma
dupla função: em relação aos clientes que lhes são destinados, representa a
agência; em relação aos serviços internos da agencia, representa os clientes.
Assim a quase totalidade das relações entre a agência e os clientes realiza-se
por intermédio do atendimento, é um verdadeiro orientador do jogo, uma pessoa
que conhece todas as técnicas da publicidade. É ele que, para cada um de seus
clientes, estabelece o programa de ação, fixa e distribui o orçamento, decide
os temas a adotar, os meios a utilizar – isto sempre ouvindo as ponderações dos
elementos técnicos da agência, por ocasião das reuniões de planejamento e
criação.
Funções do Tráfego: Quando o atendimento deseja por em ação os serviços
técnicos da agência com vistas a um trabalho que lhe foi encaminhado por um de
seus clientes, dá ordem ao serviço de tráfego de abrir um OS – ordem de serviço
– para esse trabalho. Nesse OS figuram-se número de referência, nome do
cliente, nome do atendimento, data inicial dos serviços, data prevista para
entrega e todas indicações necessárias para se descrever com exatidão o
trabalho a realizar bem como os prazos para executar.
Funções de criação: o profissional ou o diretor de criação de uma agência
é responsável não apenas pela direção funcional do seu serviço, mas também pela
tendência geral da agência, do ponto de vista das artes gráficas: é ele que no
início de uma campanha recorre às artes gráficas, colabora com o atendimento
para concepção da campanha.
Funções do mídia: negociações, das requisições e do controle das
encomendas de compra de espaço (na imprensa, nas paredes, nos tapumes, etc.).
Este serviço depois de ter negociado de acordo com as indicações aprovadas no
planejamento publicitário, com os diversos veículos, faz as encomendas mediante
uma autorização de publicidade especificando as características do anúncio, seu
tamanho, cores, espaço a ser utilizado, datas de publicação, material em anexo,
custo bruto, comissão de agência, custo líquido, prazo de pagamento. É
conveniente ter um controle de rendimento de cada mensagem publicitária, dados
de pesquisas de leituras e de audiências de rádio e TV, boletins, além de fichários
de tiragem, preço, etc.
Funções de Planejamento: orienta as operações dos trabalhos, elabora o
plano de comunicações e define a metodologia a ser empregada no atendimento. O
planejamento visa proporcionar soluções práticas baseadas nos fatos, para os
problemas específicos dos clientes.
Funções do desenvolvimento: tem como principal objetivo planejar e
executar ações que criem condições para a expansão dos negócios, com a
conquista de novas contas através de uma prospecção bem planejada e estudo de
novas alternativas que possibilitem o crescimento das contas atuais.
Funções de produção: faz orçamentos, recebe o material, faz o controle e
passa ao tráfego para ser encaminhado à mídia. Pode-se relacionar as ocupações
com as organizações que trabalham na vertical, onde não temos muitos casos de
gerência, temos funções que respondem para uma única gerência.
Ainda conforme Max Weber, apesar do sucesso dramático do modelo de organização
como máquina faltavam às empresas motivação e criatividade, a coordenação era
difícil apesar das tentativas de sistematizar as interações como regras e
procedimentos.
Sendo assim: o
modelo de burocracia embora bem sucedido, acabou sofrendo três problemas
significativos:
- Não funcionou
em relação de instabilidade relacionado à iniciativa industrial;
- Foi construído
no pressuposto de que a força de trabalho era despreparada e pensava somente em
necessidades econômicas porém a força de trabalho no momento pensava em valorização,
desafio e crescimento;
- Com o tempo as
organizações se tornaram mais complexas, menos sensíveis, mais organizadas para
si mesmas e menos flexíveis.
Geirstein nos conta a respeito das origens dos Stads que remetem a uma
série de experiências realizadas no Reino Unido em fins de 1940.
Através de
estudos de novas tecnologias por pesquisadores do Instituto Tavistock – A
pesquisa revelou que o projeto do sistema técnico e o projeto do sistema social
de trabalho eram congruentes. A Pesquisa deu base para futuramente criarem o
sistema sócio técnico onde era necessário um alto grau de adequação entre
ambos.
A abordagem dos STAD´s no projeto de organizações de trabalho humano é
uma arquitetura organizacional que reúne trabalho, pessoas, tecnologia e
informações de modo a otimizar a congruência, ou adequação entre elas a fim de
produzir alto desempenho, em termos de resposta eficiente as exigências dos
diferentes e outras demandas oportunidades ambientais.
O lugar de enquadrar as pessoas às exigências do sistema técnico como
foco na eficiência interna, a abordagem dos STAD´S enfatiza a adequação entre
trabalho pessoal tecnologia e informações com foco, externo sobre a eficiência
do sistema no atendimento das exigências mutáveis do ambiente.
Segundo o autor os STAD´s são conjuntos de princípios aplicados as
situações organizacionais. O projeto deve estar focalizado no cliente e no
ambiente, com o tempo deve ser impulsionado pelas exigências e condições
ambientais sendo que o principal fator
ambiental é o cliente do produto ou serviço oferecido pela organização. O
principal objetivo do projeto STA´D é permitir que grupos de pessoas que
trabalham juntas produzam e entreguem produtos e serviços que atendam as
exigências do consumidor no contexto de ambientes mutáveis.
Outra maneira de definir os Stads seriam unidades com poder de decisão e
autônomas. O objetivo é maximizar a interdependência dentro da unidade de
trabalho. Criar unidades flexivelmente ajustadas, com a capacidade de
administrar suas relações mútuas, As equipes, ao contrário dos indivíduos, são
o tijolos básicos da construção organizacional. Em lugar de focalizar a maneira
de decompor o trabalho em unidades menores que possam ser desempenhadas por um
indivíduo, a abordagem STAD enfatiza unidades de trabalho completas, que podem
ser realizadas por grupos de pessoas com poder de determinar como farão o
trabalho.
Conheça a
direção e metas claras do STAD:
- Missão clara e
exigências definidas quanto ao produto ou serviço com medidas estabelecidas
para o seu desempenho.
- Controle de
variação na fonte: os processos de trabalho devem ser projetados de modo que os
erros possam ser percebidos e controlados na unidade de trabalho.
- Integração
sócio técnica: os sistemas sociais e técnicos devem estar interligados.
O sistema
técnico inclui fluxo do trabalho, as tecnologias específicas empregadas, o
movimento das informações e os processos.
- Fluxo de
informações acessíveis: os membros precisam ter acesso às informações sobre o
ambiente, o produto o processo, etc.
- Função
compartilhada e enriquecida pelo intercâmbio.
- A capacidade
de produção aumenta se os membros tiverem um treinamento diversificado em
várias habilitações.
- A capacidade
da unidade de trabalho é aumentada quando as pessoas compreendem a natureza do
trabalho realizado por outro.
- Práticas de
Recursos Humanos que delegam poder: o modelo STAD determina a necessidade da
criação de práticas de recursos humanos que sejam consistentes como salário
baseado nas habilitações, feedback, prêmios, minimizações de classes e
hierarquias.
- Estrutura,
processo e cultura administrativa que delegam poder.
- O projeto STAD
colocado na burocracia mecânica é encarado como corpo e trabalho ele possui
diferentes abordagem do planejamento e orçamento, diferentes modos de tomada de
decisão, estilos administrativos, etc
- Capacidade de
reprojetar: o princípio final do projeto é de forma aplicar outros princípios.
As organizações devem estar projetadas para prever ou reagir às
exigências e condições ambientais, isso exige capacidade de reagir segundo seu
conhecimento. Esses dez princípios de projeto constituem uma série de conceitos
inter-relacionados, que, quando combinados, levam o projeto a criar
organizações muito diferente do modelo tradicional da burocracia mecânica.
Podemos concluir
que as STAD produzem os seguintes resultados:
- Produção de
custos;
- Melhor
qualidade;
- Maior
motivação interna;
- Menor Rotatividade
e absenteismo;
- Maior
capacidade de adaptação;
- Maior
conhecimento.
Conclusão:
Pode-se dizer que o desafio das organizações é serem competitivas, sendo
que o sucesso de qualquer organização depende da capacidade que a mesma tem de
usar seus recursos humanos para atingir seus objetivos.
Segundo Shaw “A década de 90 pode testemunhar o início do fim da
organização tradicional” um século dominado por um único tipo de organização a
burocracia mecânica, esta dando lugar a uma nova era. Estimuladas pela
tecnologia, competição, excesso de oferta, globalismo, expectativa dos
clientes, participação dos clientes, participação governamental, propriedade e
a dinâmica da força de trabalho, as organizações estão sendo obrigadas a se
reformularem para ver se conseguem se manter ativos no mercado.
Em fins da década de 80, embora a moldura hierárquica da estrutura da
organização clássica permanecesse em grande parte intacta, vários outros
elementos estavam sofrendo uma metamorfose.
À medida que as organizações tornavam-se mais complexas interiormente,
suas relações com o mundo externo também se tornaram complexas. O projeto de
arquitetura organizacional é uma das ferramentas mais úteis no fortalecimento
da competitividade das organizações. As organizações futuras farão várias
alianças para desenvolver, produzir e comercializar bens e serviços, farão
acordos com todos os elos da cadeia de valor inclusive fornecedores de matérias
primas, tecnologia de produção. Os limites organizacionais se formarão
imprecisos com o aparecimento de várias lealdades sendo resultado de uma
intenção estratégica. Os STAD passarão a ser a norma em escritórios, fábricas e
no campo. A implementação de STAD resultará em organizações consideravelmente
mais produtivas e inovadoras.
Segundo o autor, as equipes terão mais acessibilidade para resolver seus
problemas do que no passado, devido a redução das responsabilidades, as
organizações tenderão a ser horizontais, com poucos escalões intermediadores. Normas
e valores serão imprescindíveis proporcionando a coesão necessária ao
estabelecimento de uma direção e a coordenação ativas, os lideres gastarão
tempo e energia cada vez maiores modulando a visão e os valores da organização.
Conforme já dito, as agências de publicidade e propaganda trabalham como
organizações em rede, com flexibilidade na execução das funções e nas tomadas
de decisão, tendo pouca subordinação, sendo assim precisam se adequar a
abordagem dos STAD´s no projeto de organizações de trabalho humano onde
trabalha as informações de modo a produzir alto desempenho, em termos de
resposta eficiente as exigências dos clientes. O principal objetivo do projeto
STA´D é permitir que grupos de pessoas que trabalham juntas produzam e
entreguem produtos e serviços que atendam as exigências do consumidor no
contexto de ambientes mutáveis, cenário onde se encontram as agências, num
mercado extremamente competitivo em que as empresas clientes não têm fidelidade
por agências, sendo que esta fidelidade advém da eficácia do serviço de
marketing prestado que está relacionado diretamente com o desenvolvimento
empresarial da empresa cliente.
Referências:
SANT´ANNA A. Teoria, Técnica e Prática de Propaganda. São Paulo: Pioneira,
1998.
MORGAN G. Imagens da Organização. São Paulo: Atlas, 2009.
INOVAÇÃO & MARKETING,
Disponível em www.inovacaomarketing.com
Acesso em 23 de out. 2010
KOTLER, P. Administração de
Marketing. São Paulo: Pearson, 2000.
SOARES, W. Estudo de Caso de
Comunicação Interna do Banpará, 2010.
NADLER, D. Arquitetura
Organizacional: A chave para mudança. São Paulo: Ed Campus, 1998.
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