terça-feira, 1 de novembro de 2011

Pesquisa: O que é? Para que serve?

A pesquisa agrega valor à economia e à sociedade.

Todos os dias, as de empresas de pesquisa acionam milhares de entrevistadores
para sondar a opinião e preferências das pessoas em todo o mundo. Eles usam
correio, telefone, questionários on-line ou entrevistas pessoais para descobrir,
meticulosamente, os desejos e as opiniões das pessoas.




A pesquisa consiste, basicamente, em ouvir pessoas.

Empresas, grandes ou pequenas, fazem uso diário de pesquisa de mercado para
descobrir o que os consumidores realmente querem. Governos e órgãos públicos
confiam com freqüência na pesquisa – que inclui pesquisa de mercado, pesquisas
sociais e de opinião pública – para descobrir o que as pessoas pensam sobre
assuntos específicos, que variam desde necessidades ligadas à moradia até
programas de política externa.


A pesquisa ajuda executivos de negócios e formuladores de políticas a
tomarem decisões seguras.


Ao realizar esta tarefa, a pesquisa agrega enorme valor aos negócios e à
sociedade, ajudando, por exemplo, a reduzir custos ao limitar riscos de
desenvolvimento de produtos que os consumidores não vão comprar. A pesquisa
ajuda, também, a economizar matérias-primas e a reduzir agressões ao meioambiente.
É indispensável no planejamentos de curto e longo prazo,
desenvolvimento de mercados externos e para determinar onde são necessárias
melhorias em uma empresa. É importante para empreendimentos individuais, para
a economia em geral e assuntos como, por exemplo, a questão do emprego.




A pesquisa é baseada em métodos científicos.

A demanda por pesquisa verificada no mundo após a 2ª Guerra Mundial vem
crescendo desde então. A movimentação de valores pela indústria de pesquisa
mais que triplicou nas últimas três décadas, de 5 bilhões de euros ao final da
década de 80 – para aproximadamente 16 bilhões de dólares em 2002. Isto se
deve ao fato da pesquisa proporcionar a companhias e governos informações reais
sobre as necessidades de consumidores e cidadãos. A pesquisa é insubstituível na
aplicação de métodos científicos para disponibilizar informação de alta qualidade
sobre os consumidores e suas necessidades de maneira prática e confiável. Estes
métodos científicos tornam possível proporcionar aos governos informações
confiáveis sobre inflação, saúde e condições de moradia, uso de energia,
criminalidade, turismo, consumo de alimentos e outras informações fundamentais
para as autoridades basearem suas políticas.

A indústria de pesquisa tem uma longa tradição de criação e adesão a códigos e
guias de qualidade e ética. Desde que o primeiro conjunto de códigos e guias
internacionais foi estabelecido, em 1948, os pesquisadores garantem que nenhuma
das informações pessoais coletadas será usada para outros propósitos. Sistemas de
auto-regulamentação punem pesquisadores que infringem os seus códigos e guias.
A indústria de pesquisa assume sua responsabilidade social.
A indústria de pesquisa é fortemente comprometida em permanecer no caminho
da auto-regulamentação. Ao mesmo tempo, quer assegurar que a coleta de
informações cientificamente confiáveis sobre a opinião das pessoas não sofra
impedimentos de qualquer natureza.


A pesquisa utiliza várias e diferentes técnicas.

A pesquisa opera em praticamente todas as áreas de negócios e serviços públicos,
usando métodos fundamentados em princípios científicos.
George Gallup definiu a pesquisa, pioneiramente, como um meio de melhoria do
bem social. O papel da pesquisa como difusora dos princípios democráticos e
como canal de comunicação entre governantes e governados deve ser
reconhecido, tanto quanto sua contribuição aos negócios e à indústria.
Em muitos países, as técnicas de pesquisa são usadas para avaliar a qualidade dos
serviços governamentais locais e nacionais. No Brasil, por exemplo, várias
organizações do setor público incorporaram medições de qualidade e satisfação do
consumidor na avaliação da performance dos seus fornecedores.
Com a nova ênfase do setor público quanto à satisfação do cliente, qualidade do
serviço prestado, melhoria nas comunicações e na relação qualidade-preço, os
gestores dos serviços públicos têm percebido os crescentes benefícios da
aplicação de técnicas de pesquisa para obter melhorias significativas. Outras
áreas de pesquisa social e de opinião incluem educação, serviços de saúde e
pesquisas eleitorais.


Compreensão do comportamento humano

No setor de negócios, a pesquisa converteu-se em parte integrante do marketing.
Sem a pesquisa, o marketing moderno seria impossível. É fundamental que a
empresa desenvolva e disponibilize produtos que venham ao encontro das
necessidades dos consumidores, e a pesquisa identifica essas necessidades.
Pesquisadores trabalham tanto em empresas fornecedoras de pesquisa quanto em
empresas usuárias. Desde seus primórdios, esta profissão tem atraído profissionais
com diversas formações intelectuais, como matemáticos, sociólogos, estatísticos,
psicólogos e antropólogos; eles contribuem com seus conhecimentos analíticos e
estatísticos e sua capacidade de reflexão para o entendimento e interpretação do
comportamento humano.


Fatos e Tendências

Atualmente, há poucos países onde a venda de produtos aos clientes acontece sem
que antes seja feita uma pesquisa. É impensável basear-se apenas em conjecturas.
A grande maioria das empresas e mesmo de organizações que não visam lucro têm
optado por investir em pesquisa, uma vez que são necessários métodos científicos
e confiáveis para se descobrir o que o consumidor deseja.
A indústria de pesquisa tem experimentado um consistente crescimento nas
últimas décadas, superando, na maioria dos anos, a expansão do PIB Produto
Interno Bruto. Ao final da década de 90, o volume de negócios cresceu
rapidamente, atingindo percentuais de dois dígitos na maioria dos mercados.
Durante a desaceleração econômica iniciada em meados de 2.000 na maioria dos
países ao redor do mundo, o volume de negócios da pesquisa diminuiu, mas a
tendência de crescimento se manteve.
Em 2.001, a América do Norte representou 41% do total do mercado mundial de
pesquisa, a Europa 40%, Ásia 13%, Américas Central e do Sul 5%, e Oriente
Médio e África 1%. No ano de 2002 o volume total de negócios em pesquisa foi
estimado em 16 bilhões de dólares.
Na década de 90, a indústria de pesquisa, como muitas outras áreas de atividade
econômica, estava imersa em um processo de consolidação. Quase todas as
empresas de comunicação e mídia adquiriram agências de pesquisa e estas se
fundiram a outras visando a criação de redes internacionais para atender melhor às
demandas de seus clientes em suas operações globais.
A globalização tem sido uma das forças motrizes para a crescente procura por
pesquisas. As empresas que produzem com êxito produtos, bens e serviços que
atendam ao desejo do consumidor ao redor do mundo precisam entender as
necessidades comuns destes consumidores, estejam eles onde estiverem, tanto
quanto obter um profundo entendimento das particularidades econômicas, sociais
e culturais de cada mercado em especial.

Questões-chave
A indústria de pesquisa diante de uma série de desafios


 Padrões de qualidade

A tecnologia e as novas mídias, como a internet, permitem que a entrega da
informação aos que detêm o poder de decisão se faça mais rapidamente e com
menor custo como nunca. Os pesquisadores defrontam-se com o desafio de
proporcionar estes benefícios sem prejuízo da qualidade e integridade das suas
informações. A própria indústria de pesquisa está interessada em fortalecer os
códigos e guias e torná-los conhecidos das empresas-clientes e do público em
geral, tendo realizado uma série de avanços neste sentido.
Está, da mesma forma, continuamente buscando formas de atualizar e reforçar
seus códigos e guias de ética sobre a proteção à privacidade do consumidor e a
confidencialidade dos dados levantados.
A pesquisa está confiante na manutenção e incremento da confiança das pessoas e,
em conseqüência, de sua disposição em participar de pesquisas.


 Privacidade

As questões relacionadas com a privacidade constituem uma das prioridades da
agenda dos pesquisadores. A proteção da privacidade é de interesse da própria
indústria de pesquisa porque esta é a forma mais segura de se manter a confiança
e cooperação do consumidor. As medidas de proteção da privacidade do
consumidor às vezes estabelecem limites desnecessários durante a realização de
estudos de mercado. Isto se deve ao fato da legislação não distinguir, muitas vezes,
práticas como marketing direto ou telemarketing da pesquisa. Os agentes de
marketing direto e telemarketing se aproximam do público com o objetivo de
vender produtos ou serviços. Usam os dados pessoais para dirigir-se aos
consumidores individualmente. Já os pesquisadores buscam informações agregadas
e a compreensão dos desejos coletivos dos consumidores. A pesquisa nunca usa a
informação recebida de uma pessoa para oferecer, posteriormente, um produto
ou serviço específico a esta mesma pessoa.


Pesquisa Eleitoral

Em alguns países, os pesquisadores estão sendo pressionados, por parte de
legisladores e governos no sentido de limitar e até impedir as pesquisas eleitorais,
especialmente as pesquisas de intenção de voto. Esta tendência é uma ameaça
potencial para o correto funcionamento dos processos democráticos e eleitorais.
Os pesquisadores encaminham sugestões de regulamentação dos processos de
pesquisa aos governos e legisladores para preveni-los quanto a estas infrações dos
direitos democráticos, notadamente do Artigo 19 da Declaração Universal dos
Direitos Humanos.



Auto-regulamentação e Legislação

A indústria de pesquisa tem operado num rigoroso regime de autoregulamenta
ção há mais de 50 anos. Tem adotado códigos completos para
assegurar pesquisas e de opinião corretas e éticas.
A indústria de pesquisa garante a confidencialidade de todas as informações
pessoais que recolhe e analisa. Nenhum dado pessoal coletado durante um projeto
de pesquisa será revelado para qualquer propósito que não o de pesquisa. O
código de ética da indústria de pesquisa proíbe que os pesquisadores vendam ou
promovam produtos durante o contato com os entrevistados.
A adesão aos códigos e diretrizes da indústria é controlada através do sistema de
auto-regulamentação do setor, que investiga as queixas que surgem e pune as
infrações com medidas disciplinares.
A ABEP disponibiliza em seu site www.abep.org um canal aberto a todos os
interessados (consumidores, órgãos públicos, partidos políticos, empresas etc)

Artigo 19 Declaração Universal dos Direitos Humanos
Todo indivíduo tem direito à liberdade de opinião e expressão. Este direito inclui
não ser molestado por causa de suas opiniões e de buscar, receber e difundir
informações e opiniões, sem limites de fronteiras, por qualquer meio de expressão.

para encaminhamento de reclamações e sugestões ao Conselho de Ética e
Arbitragem da entidade.


ABEP - Apoio e promoção da auto-regulamentação
A ABEP, no final de 2002, criou o Conselho de Ética e Arbitragem que tem como
objetivo emitir pareceres acerca de aspectos éticos envolvidos nas práticas da
Pesquisa de Mercado, Mídia e Opinião, sempre que estas forem alvo de
questionamentos por parte da comunidade de pesquisa, clientes e de outros
agentes da sociedade. Este Conselho é acionado através de encaminhamento
formal de denúncia, crítica ou pedido de análise de procedimentos envolvidos em
qualquer etapa de um projeto, através de correspondência impressa ou eletrônica.



Pesquisa e Sociedade


A indústria de pesquisa busca continuamente novas alianças com os principais
representantes do mundo dos negócios, governo, organizações nãogovernamentais
e multinacionais para debater questões relevantes e procurar
maneiras de incluir os anseios de seus associados nas práticas de pesquisa.
Diversos filiados da ABEP tem contribuído de forma sistemática com organizações
não-governamentais que desenvolvem atividades de cunho social. A entidade vem
se aproximando sistematicamente de outras organizações, pela ética nos negócios,
pelo consumo consciente, bem como, nos eventos mais recentes, destinando parte
de sua receita para ações de auxílios diversos.
Seus filiados também desenvolvem pesquisas conjuntas que auxiliam as empresas a
adaptar seus métodos de trabalho às preocupações do público em geral sobre
meio-ambiente e outras importantes questões sociais.



Princípios básicos de Pesquisa de Mercado e Opinião
 
A seguir, alguns dos princípios básicos recolhidos dos códigos e guias
de pesquisa:
- A participação do entrevistado será sempre voluntária. Ele sempre será
informado adequadamente sobre a natureza do projeto.Os pesquisadores jamais
enganarão aos entrevistados para obter sua cooperação.
- Sempre será respeitado a privacidade e os demais direitos dos entrevistados.
- Os pesquisadores não permitirão que os dados pessoais obtidos sejam usados
para outros fins que não os da pesquisa, protegendo-os sempre.
- Os pesquisadores realizarão a pesquisa objetiva e honestamente, segundo os
princípios científicos de pesquisa e todos os padrões de qualidade relevantes
em vigor.
- Os pesquisadores terão especiais cuidados quando realizarem pesquisas com
crianças ou grupos desfavorecidos da população.





CCEB - Critério de Classificação Econômica Brasil

 
O CCEB, comumente chamado de Critério Brasil, foi desenvolvido pela ABEP - a
partir de metodologia com base em tratamento estatístico - sendo considerado o
principal instrumento utilizado pelo mercado para segmentar a população segundo
seu poder de compra.
Com o Critério Brasil, as populações deixaram de ser classificadas por "classes
sociais", passando a sê-lo por "classes econômicas".
Com alto poder de discriminação e grande simplicidade operacional, o Critério
Brasil classifica a população nas classes econômicas A, B, C, D e E segundo a
pontuação obtida pela posse de determinados bens e o grau de instrução do
chefe de família. A partir disto, estabelece uma correlação com o poder de
compra do domicílio. 

O Critério Brasil é uma ferramenta confiável, que permite a comparação de
estudos de diferentes fontes dentro de uma perspectiva histórica.
Saiba mais sobre o Critério Brasil em www.abep.org.



Códigos e guias ABEP (disponíveis em www.abep.org)

 
- Código de Ética ICC/ESOMAR para pesquisa social
- Guia ABEP para divulgação das Pesquisas Eleitorais
- CCEB - Critério de Classificação Econômica Brasil
- Padrões de Qualidade ABEP
- Guia: Como contratar uma empresa de pesquisa






0 comentários:

Postar um comentário